O Coordenador Nacional do Fórum Sindical dos
Trabalhadores, José Augusto da Silva Filho, defendeu em audiência no Senado, a
adoção de políticas efetivas para melhorar a segurança no trabalho. Ele afirmou
ser necessário promover campanhas educativas e pediu o fortalecimento do
Ministério do Trabalho, que, como observou, conta atualmente com um auditor
fiscal do trabalho para cada três mil empresas.
- Lei não falta. O que falta é investimento e
comprometimento – ressaltou o coordenador.
José Augusto citou dados da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), segundo os quais morrem por ano cerca de três mil pessoas em
acidentes de trabalho no país, ao custo de R$ 32 bilhões para o Estado.
Segundo José Augusto, os riscos são maiores para os
trabalhadores terceirizados. Em cada 10 acidentes, disse ele, oito ocorrem em
empresas que utilizam mão de obra terceirizada.
Ele participa de audiência pública, promovida pela
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sobre o Dia
Internacional em Memória às Vitimas de Acidentes do Trabalho, cuja data oficial
é 28 de abril.
A data foi criada em 2003 pela Organização
Internacional do Trabalho. O dia 28 de abril foi escolhido em homenagem a uma
tragédia ocorrida nessa data, em 1969, na qual 78 trabalhadores foram mortos na
explosão de uma mina nos Estados Unidos.
Em 2011, Alagoas registrou 1320 notificações de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, segundo o Sistema de Informação
de Agravos de Notificação. “Sabemos, porém, que este número é apenas a ponta do
iceberg do universo de casos, já que muitos não são notificados”, afirma a
médica do trabalho, Iara Albuquerque.
Por Michael David
michael-tecsegu@live.com